POEMA DE AMOR PROSCRITO
NALDOVELHO Linhas traçadas coexistências embaraçadas, palavras entrelaçadas, quarta gaveta, lado esquerdo do peito. Poema de amor proscrito entre o poeta e a meretriz. Um bolero arrastado, a compor tristemente o cenário, uma garrafa de vinho tinto, outra de Martine Bianco, ambas, pra baixo da metade. Marcas de batom no corpo, na camisa e no copo. Cinco horas da manhã! O garçom sinaliza nervoso, já é madrugada, faz frio lá fora, peço a conta e percebo em teus olhos um até breve, até quando? Agora, já passam das seis! Manhã nublada de maio, um gole de café requentado, não dá pra esquecer o cigarro, nem o poema de amor proscrito, banido antes mesmo de ter sido escrito. Melhor ir pra casa e dormir. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 22/05/2009
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |