ESTRANHO LABIRINTO
NALDOVELHO Vocês percebem o que eu digo? Vou tentar ser mais claro! Fios entrelaçados, tecidos, alguns deles amarrotados, outros, guardados, amarelecidos... Há aqueles, pelo uso, puídos, se tentarem consertar; cerzidos. Tramas, dramas, coisas do nosso umbigo! Ainda não fui claro? Vou tentar de novo! Caminhos, trilhas, atalhos, lugares ermos, distantes, ruas que parecem desertas, esquinas, escolhas incertas, becos sem saída, enganos! Começar tudo outra vez. Janelas, têm dias, fechadas, em outros, escancaradas; chaves, nem sei de quê portas, mas não importa sabê-las, pois sempre serei um estranho, que quando tenta entrar na conversa alguém logo pergunta: o que você quer de nós? Fios entrelaçados, destinos, escolhas equivocadas, atalhos, ruas de uma cidade deserta. Ando por aqui já faz um tempo, vivo tentando escrever poemas, que digam ao coração das pessoas sobre o labirinto em que vivemos, estranhos... Melhor ter a mão um novelo de lã, marcar caminhos trilhados, não repetir os enganos, para que possamos sair daqui. Algo do que lhes disse é familiar? Não? Estranho... Muito estranho! NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 18/05/2009
Alterado em 18/05/2009 Copyright © 2009. Todos os direitos reservados. Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor. |