POEMA INACABADO
NALDOVELHO Louva-deus sentado na janela, observa contrito o dia que passa. Dentro do quarto, em cima da mesa: pétalas, pensamentos, palavras, poemas. Lá fora entardece, e um vento inquieto avisa: logo-logo anoitece! Pela janela: sol sonolento abençoa louva-deus. Em cima da mesa: versos confessos, segredos, solidão. Num canto do quarto, pendurada: renda portuguesa diz que adora o poeta, que lhe tem devoção. Agora é noite, luz da lua ilumina louva-deus. Aqui dentro: poema inacabado, onde palavras são pétalas, esboço de oração. NALDOVELHO
Enviado por NALDOVELHO em 17/05/2009
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